Parte I
“A recuperação emocional é um movimento interno que promove o retorno das emoções, pensamentos e
sentimentos saudáveis danificados pela doença emocional.”
Muitos de nós não temos a menor ideia
de como e onde a doença emocional se alojou e provocou inúmeros danos em nossas
vidas. Na verdade temos apenas uma vaga lembrança de como eram os nossos
sonhos, ideais, projetos e valores que
foram consumidos pela prática de comportamentos doentios. Só nos damos conta
que estamos afetados pela doença emocional quando a dor e sofrimento são
maiores do que o prazer. Enquanto
tivermos ganhos com a doença emocional não entenderemos que estamos
seriamente afetados por ela.
Eu estava vendo uma série de TV
em um canal a cabo onde mostrava toda a evolução de um processo doentio num
relacionamento familiar e os seus resultados destrutivos e até mesmo fatais. Na tentativa de fazer
funcionar o relacionamento, muitas pessoas caíam na armadilha da doença emocional.
Um dos casos que mais me chamou a atenção foi de uma jovem que tinha uma vida
estabilizada tanto financeiramente quanto familiar. Tinha um padrasto que era um grande amigo além de ser um pai excelente e para a
surpresa de todos: um certo dia se suicidou. O padrasto estava passando por
serias dificuldades financeiras e pela grande pressão de seus credores não
encontrou outra saída a não ser dar cabo da própria vida. Ele era um homem
gentil aparentemente centrado, calado e voltado para si mesmo. O seu calar, o
não externar suas emoções e o não compartilhar desenvolveu e alimentou os padrões de pensamentos doentios
ao ponto de não haver mais sentido para a vida.
Após sua morte, a esposa e a filha ficaram sabendo a verdadeira
situação financeira que o falecido estava enfrentando e ficaram impressionadas
de como ele poderia ter escondido por tanto tempo tal situação. Resultado; a
família ficou praticamente na miséria...a filha começou a desencadear a partir
desse momento, um comportamento estranho a qual irei desenvolver na parte II
desse artigo.
Vamos pensar juntos: digamos que esse homem tivesse tido a oportunidade
de conhecer a recuperação emocional. Tivesse buscado ajuda terapêutica e
aprendesse como se dar com a s suas emoções. Pois a recuperação emocional faz
com que a pessoa aprenda a viver com o problema ou apesar do problema encontrando
soluções inteligentes e mantendo-se na saúde emocional. O que detonou esse
homem foi justamente o fato de ter se apegado a dor, desespero e a agonia. Não
conseguiu por si só vencer essas
limitações do momento. A intervenção nas emoções pelo processo
terapêutico iria equilibrar essas emoções
e a visão dessas limitações não como
algo destrutivos, mas sim como uma grande oportunidade de mudanças.
Psic.
Vilma silva
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